Os canais de streaming ganharam destaque e cresceram nos últimos anos. Principalmente pelo fácil acesso a filmes, séries e diversos conteúdos audiovisuais. Se outrora o aluguel de fitas VHS e, posteriormente, DVD e Blu-ray eram a principal forma de assistir aos filmes que já não estavam mais no cinema, agora todo o conteúdo está disponível a um clique. Isso tudo acontece como se todo o conteúdo estivesse dentro da TV de cada pessoa.

Além disso, no último ano o acesso aos conteúdos disponíveis nos canais de streaming deu um salto. Afinal, a pandemia de Covid-19 fez com que as pessoas tivessem que ficar em casa e, com isso, uma maneira de se distrair é através de seriados e filmes. O primeiro grande canal foi a Netflix, que chegou inovando o formato de se relacionar com essas produções e reinventando o mercado.

Hoje já existem diversas opções de streaming para a assinatura mensal, no Brasil são mais de 10 canais que levam o usuário para conteúdos exclusivos produzidos por esses canais e seus parceiros. Esse novo formato além de movimentar a economia, os contratos fechados para produções próprias e com parceiros são de valores gigantescos e tem como objetivo proporcionar a melhor experiência para o usuário, além de ganhar dos concorrentes no quesito catálogo.

Conteúdos disponibilizados através de acordos e contratos

É importante entender que os canais de streaming funcionam a partir de acordos e contratos entre produtoras e os próprios canais. Desse modo o catálogo de filmes disponíveis para o usuário é composto por produções de ambos os lados. Com isso o conteúdo não fica disponível sempre, especialmente aquele disponibilizado mediante contrato e parcerias.

Um grande exemplo de grandes acordos fechados nos últimos tempos é entre a Netflix e a Sony Pictures, agora as produções da Sony serão disponibilizadas dentro da plataforma de streaming, mas só depois de serem disponibilizados nos cinemas. Esses acordos é uma forma de aumentar a concorrência entre os canais de streaming, que estão cada vez mais competitivos em termos de catálogos.

A variedade é imensa e cada vez mais o usuário quer ter acesso a todos os conteúdos, ou seja, quanto mais conteúdo inédito e em alta tiver em cada canal de streaming, melhor é para a empresa. Alguns acordos ainda são realizados entre os próprios canais. No Brasil, por exemplo, Globo Play e Disney+ fecharam parceria de assinatura conjunta, permitindo que o usuário tenha acesso as duas plataformas através de uma única assinatura. Nessa corrida pela audiência, vale quase tudo para conseguir mais usuários.

O streaming mudando o cenário das produções

Os canais de streaming reinventaram não apenas a forma de assistir aos filmes, mas a receptividade deles pela crítica. Se outrora grandes produções eram consideradas apenas as realizadas pelos estúdios de Hollywood, hoje o cenário é outro. Um grande exemplo é o Oscar 2021. Com a pandemia de Covid-19 e o fechamento dos cinemas pelo mundo, a premiação teve que se render as produções realizadas pelos canais.

Dessa forma é fundamental reconhecer a qualidade das produções realizadas pelos canais de streaming, com filmes e seriados dignos de tapetes vermelhos e grandes estrelas de cinema. Isso só evidencia a forma como esses canais estão reinventando a indústria de produções audiovisuais e ampliando os horizontes de seus usuários com produções de diversas partes do mundo.

Se o cinema nacional e estrangeiro era deixado de lado em comparação com as produções de Hollywood, atualmente o cenário é outro. É cada vez mais comum ter acesso a produções de países europeus, africanos e asiáticos, e as produções nacionais ganharam um novo destaque e preferência do público, saindo de produções de comédia e chegando a dramas de tirar o fôlego. É a reinvenção a partir do streaming.

O impacto econômico

E não foi só o cenário de produção que teve impacto, a economia é fortemente atingida pelos canais de streaming. Alguns países europeus, que regularizaram o serviço, tiveram retorno econômico através da produção de conteúdo local. Dessa forma eles ampliaram o número de telespectadores para outras obras já existentes e que buscam conhecer mais sobre a região. Ou seja, ser parceiro desse novo meio de reprodução de filmes pode ser benéfico para o país.

É importante ressaltar que a arte como um todo tem grande impacto econômico dentro de um país. Ela é capaz de movimentar não só a economia local como incentivar o turismo e investimentos através de obras que ganham o mundo. Além disso, a arte tem a capacidade de investir nas produções locais, movimentando a economia do pequeno ao grande empresário.

Mas, infelizmente, o Brasil ainda está longe de regulamentar o streaming e transformá-lo em parceiro econômico do país. Afinal, os interesses estrangeiros parecessem se sobressair aos interesses de produtoras e artistas nacionais, que acabam tendo um caminho mais difícil até chegar ao público. Vale ressaltar que o país tem filmes e documentários aclamados em todo mundo, embora ainda sejam pouco reconhecidos no próprio país.

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