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Greve em Hollywood, roteiristas e atores fazem manifestação histórica. Entenda todos os motivos!

Greve em Hollywood! Se está ruim para eles, imagine para nós!

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Todos têm o direito à greve

Hollywood está enfrentando uma crise sem precedentes, uma vez que os atores e roteiristas se uniram em uma greve histórica. Após o encerramento sem acordo das negociações entre o Sindicato dos Atores (SAG) e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP). A greve foi oficialmente anunciada em uma coletiva de imprensa realizada em Los Angeles.

A paralisação dos astros se soma à já existente greve dos roteiristas, que teve início há dois meses e tem causado piquetes nas portas dos estúdios. E também em sites de streaming, como  Netflix, Warner e Disney. Essa união entre atores e roteiristas fortalece ainda mais a paralisação e gera um impacto ainda maior na indústria cinematográfica. O que tem como resultado uma interrupção quase total das atividades.

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A greve em Hollywood representa uma mudança significativa nas relações de trabalho e no equilíbrio de poder na indústria cinematográfica. A união entre atores e roteiristas demonstra uma determinação coletiva em buscar melhores condições de trabalho. Além de uma distribuição mais justa dos lucros gerados pelas produções.

Embora a paralisação cause impactos negativos em toda a indústria, também há uma questão inegável. Ela também serve como momento crucial para levantar questões importantes sobre o valor e o reconhecimento dos profissionais do setor. O resultado dessa greve histórica poderá moldar o futuro da indústria do entretenimento.  E, também, estabelecer novos parâmetros para as negociações trabalhistas em Hollywood.

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Motivos da Greve em Hollywood

A greve em Hollywood, que uniu os atores em uma paralisação histórica, foi impulsionada por uma série de motivos cruciais que afetam diretamente a indústria cinematográfica. Os atores levantaram demandas principais relacionadas a aumentos salariais. E às ameaças representadas pelo uso crescente da Inteligência Artificial (IA) na produção de que vão para as telas.

Em relação aos aumentos salariais a satisfação não é garantida. Os atores expressaram profunda insatisfação com a disparidade entre os altos salários dos CEOs dos estúdios e os salários oferecidos a eles. O grupo também considera essa disparidade injusta e ofensiva, uma vez que são os responsáveis por trazer vida e valor às produções.

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Eles argumentam que, em um momento em que a indústria está passando por grandes transformações. Principalmente pelo advento do streaming e ao impacto da COVID-19, é fundamental que eles sejam recompensados pelo trabalho que realizam. Além disso, a ameaça representada pelo uso cada vez mais frequente da IA na produção audiovisual tem preocupado os atores.

Eles temem que a substituição de atores reais por avatares digitais ou personagens gerados por computador possa diminuir as oportunidades de trabalho e prejudicar a qualidade das produções. Os atores argumentam que a presença humana e a emoção genuína que eles trazem para seus papéis são insubstituíveis. E que a IA não deve ser utilizada como uma forma de reduzir custos ou substituir talentos.

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Essas demandas refletem a necessidade dos atores de serem valorizados, tanto financeiramente quanto artisticamente, em um setor em constante evolução. Com o crescimento do streaming e as mudanças tecnológicas que estão transformando a forma como o conteúdo é produzido e consumido, os atores sentem a urgência de garantir que suas contribuições sejam reconhecidas e que eles não sejam deixados de lado nesse novo cenário.

União entre Atores e Roteiristas

Com a greve dos atores, o SAG se une ao Sindicato dos Roteiristas (WGA), que já está em greve há dois meses. Essa união fortalece a paralisação e cria um impacto ainda maior na indústria cinematográfica. Durante esse período, muitos atores manifestaram seu apoio aos roteiristas, destacando a importância da valorização de ambos os grupos profissionais.

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Juntos, atores e roteiristas lutam por melhores condições de trabalho e uma divisão mais justa dos lucros gerados pela indústria cinematográfica. Essa união reflete a solidariedade entre os profissionais do setor, que reconhecem a importância de se apoiarem mutuamente durante a greve.

A greve dos roteiristas já estava em andamento há dois meses, e agora, com a adesão dos atores, a paralisação se torna ainda mais abrangente e impactante. Atividades como piquetes em frente aos estúdios e plataformas de streaming evidenciam a unidade entre atores e roteiristas durante a greve. Essa união envia uma mensagem poderosa aos estúdios, destacando que os profissionais do setor estão determinados a garantir seus direitos e reivindicações.

Impacto na Produção e Divulgação:

Até o momento, as cenas das produções que possuíam roteiros já escritos puderam continuar a gravação durante a greve dos roteiristas. No entanto, devido à manifestação dos atores, a interrupção na produção foi praticamente completa. Filmes como “Barbie” e “Oppenheimer” também terão sua divulgação afetada. Uma vez que os astros do longa estão impedidos de envolver-se eventos de divulgação de projetos.

Um exemplo dessa interrupção será a San Diego Comic-Con, que ocorrerá na próxima semana. Os tradicionais painéis do evento provavelmente serão esvaziados de estrelas. A Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) expressou desapontamento com a decisão do SAG-AFTRA de abandonar as negociações, afirmando que é uma decisão do sindicato e não deles.

Bob Iger, CEO da Disney, com um salário anual de US$ 27 milhões, declarou que tanto os roteiristas quanto os atores não estão sendo “realistas” em suas demandas. Ele argumenta que este é o pior momento para aumentar as interrupções, considerando os desafios enfrentados pela indústria em relação à pandemia de COVID-19 e às mudanças disruptivas no setor.

Reivindicações dos Atores

Um grupo de mais de 400 atores, incluindo nomes de destaque como Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Rami Malek, pediu ao SAG-AFTRA que adotasse uma posição mais firme nas negociações, pois acreditavam que o ponto crítico já havia sido alcançado. As demandas variam desde salário mínimo até questões de saúde. Em junho, os membros do sindicato votaram para autorizar a greve caso não houvesse um acordo até 30 de junho.

O prazo foi prorrogado, mas agora se esgotou, resultando na paralisação. A greve em Hollywood, unindo atores e roteiristas, marca um momento significativo na indústria cinematográfica. Com reivindicações relacionadas a salários e ameaças representadas pela IA, os profissionais do setor estão determinados a lutar por melhores condições de trabalho e uma divisão mais justa da riqueza gerada pelas produções.

Enquanto a greve afeta negativamente a produção e a divulgação de filmes, séries e eventos importantes, como a San Diego Comic-Con, seu objetivo é trazer à tona questões essenciais que moldarão o futuro da indústria do entretenimento. O resultado dessa greve histórica pode ter um impacto duradouro no equilíbrio de poder e nas relações trabalhistas em Hollywood.

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