Coworking ou home office? Qual modalidade de trabalho será a mais utilizado quando a imunidade contra o corona vírus for algo real? Muito se discute sobre os locais e formatos de trabalho que teremos no futuro. Afinal, além das mudanças habituais em relação a tecnologia, agora a discussão se chega até o local em o trabalho é realizado: em casa ou no escritório da empresa.

Em março de 2020 os brasileiros viram sua estrutura de trabalho mudar. O formato a que éramos acostumados, estilo coworking, teve que ser adaptado e, ao invés de sair para trabalhar nossas casas se transformaram em escritórios. O home office ganhou espaço no cenário nacional e, entre discussões e debates, muitos adeptos dessa modalidade de trabalho ficaram felizes com a mudança. Apesar das circunstâncias em que ela foi incorporada.

No entanto pensar nos formatos de trabalho após a pandemia é algo real e necessário. Se por um lado há quem se beneficiou com o home office, muitas pessoas — em especial os brasileiros — preferem o coworking. As justificativas variam, mas até mesmo psicólogos acreditam que trabalhar fora de casa pode ser melhor para algumas pessoas. Veja a diferença em cada modalidade.

Home office

A modalidade de trabalho em que a casa se torna escritório já era adotada antes mesmo da pandemia. No entanto, o cenário brasileiro não era adepto desse formato, sendo mais comum o coworking. E raros eram os casos de pessoas que trabalhavam com vínculo empregatício com uma empresa, mas prestavam o serviço em suas casas. No cenário mundial é mais comum conhecer pessoas que trabalham de casa, e se beneficiam com isso.

Em comparação com o coworking, o home office dá mais liberdade para que o trabalhador cuide de outros afazeres enquanto trabalham. Seja os filhos pequenos ou animais de estimação. Outra vantagem desse formato é que não tem tempo de trajeto entre casa e trabalho. Com isso, em algumas localidades, evita-se o stress causado por engarrafamentos logo no início da manhã, além de evitar atrasos.

Por outro lado, as mulheres que trabalham em home office sentem mais pressão, uma vez que os afazeres da casa se tornam sua responsabilidade integral além do trabalho empresarial. Além disso, o brasileiro é naturalmente mais sociável e necessita do contato com outras pessoas durante sua rotina e na modalidade de coworking nem sempre isso é possível, afinal a regra é trabalhar sozinho em seu próprio ambiente.

Coworking

O coworking é o trabalho da forma como estamos acostumados em que o espaço utilizado para desenvolver as atividades da função são divididos com outras pessoas. Com ele há o contato entre diferentes pessoas, a troca de ideias é mais fluida e a interação faz parte da rotina trabalhista, como as pausas para o café. No entanto, o crescimento exponencial das cidades deixa cada vez mais longe a casa do local de trabalho.

Dessa forma, a crescente reclamação acerca do coworking é o deslocamento. Não são raros os casos em que as pessoas precisam acordar cada vez mais cedo para chegarem a tempo de trabalhar, depois de enfrentarem um trânsito caótico e já se irritarem logo pela manhã. O crescente contato com pessoas diversas e opiniões plurais também pode gerar atritos em ambientes de trabalhos.

Entre prós e contras, o coworking se torna cada vez mais valorizado pelas pessoas. Principalmente no momento em que vivemos. Com isso, algumas empresas especializadas em locais para que as pessoas possam trabalhar estão planejando o retorno de suas atividades para um futuro próximo, pelo menos é o que se espera. Esses espaços são muito utilizados pelas empresas para diminuir seus custos.

Espaços exclusivos para trabalhos em grupos

No Brasil ainda não existem tantas possibilidades, mas o coworking ganha espaço. Esse é um modelo de negócio em que a empresa não possui prédio próprio, mas disponibiliza um espaço terceirizado para que seus funcionários possam trabalhar de maneira conjunta. Dessa forma alguns custos são reduzidos, já que o ambiente também pode ser alugado por empresas diferentes. Normalmente são espaços amplos, com decoração aberta e que permite uma maior interação.

Até profissionais autônomos podem se beneficiar com o coworking. Não sendo necessário ficar em casa e mudar o ambiente de trabalho pode ajudar na produtividade, além da possibilidade de conhecer diversas pessoas e de áreas diferentes. Esses espaços são ótimos ambientes para a realização do networking, a troca de experiência e a criação de uma rotina de trabalho.

Com isso, empresas como a WeWorking já estudam o mercado preparando o seu retorno, principalmente pela facilidade de adesão ao coworking que pode surgir após a imunização da população. São em tempos em que se isolar é necessário que as relações de socialização são mais valorizadas e desejadas. Afinal, é como diz o ditado “só se dá valor ao que já se perdeu”, mas a esperança de retorno do contato com outras pessoas pode se tornar realidade em breve.

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